Neste gráfico feito a partir dos resultados do Malofiej 19, os Estados Unidos domina a produção de infográficos no mundo. Mas olha lá o Brasil no terceiro lugar. Motivos de sobras para comemoar. Uhu!
Neste gráfico feito a partir dos resultados do Malofiej 19, os Estados Unidos domina a produção de infográficos no mundo. Mas olha lá o Brasil no terceiro lugar. Motivos de sobras para comemoar. Uhu!
Nicolás Ramallo, do blog Haga Clic para Continuar, fez uma compilação dos prêmios no Malofiej 19. Destaco os principais:
PREMIO PETER SULLIVAN IMPRESO (BEST OF SHOW)
Gulf of Mexico, de National Geographic
PREMIO PETER SULLIVAN ON LINE (BEST OF SHOW)
How Mariano Rivera Dominates Hitters, de NYTimes.com
MEDALLAS DE ORO IMPRESOS
World of Rivers, de National Geographic (premio Miguel Urabayen al mejor mapa)
Confira lista completa da premiação.
Considerado o “Pulitzer em infografia” ou o “Oscar, o Brasil levou 12 medalhas na 19 edição do Malofiej, ocorrido de 22 a 25 de março, em Pamplona, Espanha.
O Estadão venceu 5 prêmios (uma de ouro, uma de prata e três bronzes). Na categoria on line, foi o único grupo brasileiro que ganhou a medalha de ouro e prata nesta categoria com os infográficos “Tapuiassauro, o novo dinossauro do Brasil” e “Onde atuam os 736 jogadores da Copa”, respectivamente.
Na minha opinião, o ouro era para “Onde atuam os 736 jogadores da Copa”, devido ao seu modo peculiar de narrar o fato, com riqueza informativa, estética apurada, e alto nível de interatividade.
Na categoria impressa, receberam bronze os trabalhos do Estado sobre a baleia-jubarte, o tapuiassauro e a “Geografia do voto”.
Outros veículos rasileiros que levaram medalhas:
IG: Quem precisa de motorista? e Os dez piores acidentes aéreos do mundo
Veja.com: Quanto você sabe sobre os candidatos a presidente?
Categoria impresso:
Folha de S. Paulo. ‘Genealogia dos partidos políticos’, ‘A vida a bordo de uma plataforma petrolfífera’ e ‘Geografia de um voto’.
Revista Galileu: ‘ As pedras do Caminho’
Revista Época: “A população brasileira cresce mais nos presidios”
Participaram, neste ano, 151 meios de comunicação de 29 países. Foram inscritos, nas duas categorias, 1.356 trabalhos. Das 110 medalhas distribuídas pelo júri neste ano, 8 são de ouro, 25 de prata e 77 de bronze.Os prêmios nesta 19 edição estiveram muito concentrados, das 110 medalhas, mais da metade foram só a 5 publicações: The New York Times (29), National Geographic (10), Público (da Espanha: 7) Washington Post (6), e Clarín (6).
Entrevista muito bacana do David Alameda, infografista do El Mundo.es, em que discorre sobre o processo de produção de uma infografia. O que mais me chamou atenção nesta entrevista é a frase abaixo que abre o post, quando ele define, em poucas palavras, infografia:
¿Qué es o cómo definirías la infografía?
Básicamente la definiría como la ‘magia’ de contar cosas usando imágenes como ingrediente principal.
Muito pertinente esta definição do Alameda porque coloca em xeque todo o conceito construído sobre infografia, na qual parte dos pesquisadores (de Pablos, Valero Sancho, Peltzer, Leturia, Colle, Borrás e Caritá, Cairo, entre outros) vão assinalar que a infografia tem que conjugar texto e imagem, em sintonia. Particularmente, concordo parcialmente com esta assertiva sobre o conceito de infografia. Acredito que ela tenha mais validade no suporte impresso, que ainda mantém uma linearidade de apresentar as informações e modo de produção.
Contudo, quando se trata de web e nos modos diferenciados de visualizar a informação, nem sempre o texto entra como elemento estruturante para apresentar determinada informação. E esse fato não implica em perda de qualidade infográfica. Não é regra e precisa ser revista, principalmente em infográficos para a web. Foi o que tentei trazer à baila na minha pesquisa de mestrado, considerando novas especificidades do novo suporte. No estágo atual da infografia, as bases de dados são elementos estruturantes para a narrativa interativa e mais analítica, como nos diz Cairo.
As bases de dados conferem novas características para a produção da infografia que merece ser investigada, pois observa-se que vem sendo adotada para dinamizar a narrativa e proporcionar modos diferenciados de visualização da informação, tendo em vista que trata-se de um produto visual em sua plenitude. O que acontece é que quando a infografia migra para a web ela carrega a metáfora do impresso, inclusive em suas definições.
Essa questão foi importante naquele demarcado momento de transição de plataformas, do impresso ao digital, mas que hoje, em sua fase madura, não atendem obrigatoriamente à esta definição. Há infográficos que são só números e imagens em movimento, números se cruzando e produzindo novas tematizações, etc, ou uma mescla disso tudo, ou um pouco de um de outro. Não há regras onde a web é o limite.
Ou como nos diz Zygmunt Bauman: Chegou a vez da liquefação dos padrões de dependência e interação. Eles são agora maleáveis a um ponto que as gerações passadas não experimentaram e nem poderiam imaginar; mas, como todos os fluidos, eles não mantêm a forma por muito tempo. Dar-lhes forma é mais fácil que mantê-los nela.
Os gráficos utilizados nos posts do blog Clases de Periodismo estão compilados e disponíveis no flickr. Vale conferir. Ótima dica da Esther Vagas, via twitter.
Aqui uma pequena lista de eventos na área da visualização de dados, design e infografia. Temas como esses são uma ótima maneira de ver, aprender, manter contato e se inspirar nos mais variados modos de visualizar a informação. Em tempo: a lista não é definitiva!
Malofiej (23 de março de 2011 – Escola de Comunicação da Universidade de, Pamplona, Navarra, Espanha)
7 de agosto de 2011 Centro de Convenções de Vancouver, Canadá
29 de setembro de 2011 São Louis, EUA
25 de março de 2011 Saïd Business School da Universidade de Oxford, no Reino Unido
04 de abril de 2011 Mission Bay Conference Center, em San Francisco
05 de agosto de 2011 Centro de Convenções de Vancouver, Canadá
Durante o I Ciclo de debates em Comunicação e Jornalismo Contemporâneos na UEPB, ocorrido no dia 14/03, ministrei a Oficina de Jornalismo Digital e Infogafia como parte do evento. Foi bastante produtivo, sala cheia e alunos/participantes atentos às discussões expostas em sala.
Aqui, um resumo e fotos do evento.
Alan Soares (Reportagem)
Julio Cezar Peres (fotos)
A oficina “Jornalismo Digital e Infografia”, ministrada pela Profa. da UEPB, Adriana Alves, teve a proposta de discutir os processos comunicacionais e as práticas do jornalismo praticado na web, tendo em vista o contexto tecnológico e as mudanças pela qual o jornalismo vem sofrendo, a exemplo da convergência midiática. Para a professora, a relevância desta temática no contexto das mídias digitais coloca a discussão num patamar mais amplo, que envolve desde a formação universitária ao domínio das ferramentas para o exercício do jornalismo.
Trazendo um percurso histórico com temas desde o surgimento da internet, as gerações do jornalismo digital, as características, e suas implicações, a professora enfocou que, embora imersos numa conjuntura permeada pelas tecnologias digitais, há um denominador comum que não muda, mas se reconfigura: a prática jornalística. Ela afirma que o bom jornalismo independe de suporte, este pode ser feito em qualquer veículo. “O que muda, e está mudando são os mecanismos que auxiliam no exercício do jornalismo, desde a apuração, edição, produção e circulação destas informações, e a forma como consumimos esse conteúdo”, frisou a professora considerando a carência existente sobre palestras que norteassem essa problemática.
Outro ponto abordado durante a oficina girou em torno das ferramentas que os jornalistas devem dominar para auxiliar o trabalho jornalístico, em destaque as redes sociais como Twitter, facebook. “São ferramentas que tem o objetivo de agilizar o trabalho jornalístico tendo em vista a superabundância de informações diante de um fluxo contínuo de mensagens. Assim, é de suma importância hoje em dia o conhecimento delas”, disse a professora, enfatizando o perfil do profissional para estas novas mídias denominada de “multitarefa”. “O mercado de trabalho está mais exigente, então sai na frente aquele que dominar as ferramentas tecnólogicas aliados ao um bom exercício da profissão”.
Para a jornalista Marcia Marques Cavalcante (26) o mini-curso trouxe amplo conhecimento para o que estava proposto, e afirmou também, que o jornalismo digital é base hoje em dia para quem pretende sobreviver da profissão.
Enfatizando sobre a ascensão da infografia, outra temática explorada na oficina, e suas respectivas fases, a professora promoveu debates e questionamentos sobre a questão, dando ênfase a “Era da infoestética” que emergiu pela visualização de dados no jornalismo como forma de diferenciar e compreender as informações através do relato visual. “A visualização de dados ajuda no entendimento da informação, onde o usuário, interagente, pode fazer parte desse processo. Ou seja, ele pode ser o protagonista da história”, destacou.
Com 39 inscritos e com exposições de experiências atuais sobre “Jornalismo Digital e Infografia”, a Oficina terminou com propostas de continuidade, usufruindo das ferramentas dos jornalistas, como o blog, que a professora disponibilizará o material usado na oficina e informações para os participantes sobre a temática exposta.
texto originalmente publicado no blog do evento.
Olá, pessoas.
voltando gradativamente ao blog com o prazer de registrar a minha participação no I Encontro de Comunicação e Mídias Digitais que ocorreu ontem (08/03) durante o 20 Encontro Para a Nova Consciência, aqui em Campina Grande. No encontro, participaram a jornalista e blogueira/tuiteira Valdívia Costa e o escritor, roteirista e produtor cultural Ricardo Kelmer. Cada um de nós falamos um pouco das nossas experiências em mídias digitais, e eu, particularmente, foquei minha fala em “Mídias Digitais em jornalismo”, aproximando mais de minhas pesquisas nesta área. Então, seguem fotinhas do encontro. Ah, algumas fotos são do jornalista Marcos Moraes, presente no encontro.