Como o NYTimes produz infográficos

A respeito do recente gráfico A Peek Into Neftlix Queues, sobre os 10 filmes mais alugados em 2009 naquele país, este artigo na página da SND mostra como foi produzido este infográfico. Interessante ver o passo-a-passo desta produção, desde a coleta de dados até o resultado final.  Primeiro, eles coletaram os dados brutos sobre os 50 melhores filmes de cada região do país.

Depois, selecionaram as cidades com maior número populacional e  em que estariam contempladas no infográfico.  A idéia é criar uma interface facilmente navegável para o usuário acessar os dados de forma interativa. Este foi a parte mais desafiadora para a equipe. O mapa foi criado por Amanda Cox, Matthew Bloc, Craven Jo McGinty e Quealy Kevin, autor deste artigo.

Antes do resultado final, o diretor de gráfico, Steve Duenes e Matt Ericsson fizeram um esboço no papel de como o infográfico seria apresentável.

A partir deste esboço, com o programa Ilustrator, ficou assim:

Para a recuperação de dados, no caso deste infográfico os filmes, precisava refinar os dados e as imagens. Para que isso acontecesse de maneira menos trabalhosa,foi utilizado o  hpricot, um plugin HTML parsing Ruby para retirar a ID Netflix e Metascore de qualquer filme. Eles usaram  uma técnica semelhante para buscar os links e conteúdo da base de dados  do The Times para preencher os filmes que estavam faltando.

Para a produção do mapa, o processo foi simples:  cada filme é atribuída uma cor na sua classificação. Eles trabalharam com a base de dados do próprio jornal como forma de organizar as informações que seriam acessadas e recuperadas pelo usuário.

A versão impressa do infográfico é esta:

Fiquei curiosa para saber quanto tempo a equipe levou para produzir este gráfico, já que, como o Quealy Kevin disse, o mapa foi simples de fazê-lo.

É uma excelente visualização. O mais interessante dos infográficos do NYTimes são as diferentes formas de visualizar os dados e contextualizar a informação na estrutura infográfica, uma vez que, diante de um número complexo de dados, torna-se um desafio e um dos principais enigmas para qualquer profissional organizar de forma interativa,  interessante e fácil de ler a informação gráfica.

Explorar e lapidar os dados brutos, ou seja, números dispostos numa base de dados, de fato, requer habilidade e traquejo do profissional. Cada vez mais, as bases de dados servem de insumo para a confecção dos infográficos do NYTimes, o que gera bastante polêmica porque geram novas formas de visualizações interativas bem diferentes do “modelo padrão” de infográfico, baseado apenas em animação.

O que acontece é que há uma tendência de acúmulo de  informação, e por outro lado, a tendência de exploração destas informações em visualizações interativas, simplificando a gestão de de dados complexos e estimulando boas observações e visualizações.

The Best of Newspaper Design

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Terminou o primeiro dia do The Best of Newspaper Design, promovido pela Society For News Design, na Universidade de Syracusa. Os juízes têm dado um pouco mais de 500 prêmios, fazendo seu caminho através de mais de 5.000 inscrições até o momento. Os 10 vencedores da competição até ao momento, classificados foram:  Excelsior, The National Post, o Los Angeles Times, El Universal, The Boston Globe, La Presse, The New York Times, The St. Petersburg Times, e A (Cleveland) Plain Dealer.

O vídeo acima mostra quatros jornais semanários escolhidos para o melhor design. A premiação ainda conitnua e pode ser acessada via Blog, busca no Twittere via Flickr.

Anaixo, vídeo institucional do evento.

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