A infografia interativa por jornais, revistas e agências on line brasileiros ainda é um desafio diário enfrentado pelo infografista e por sua produção. Ao mesmo tempo em que mão-de-obras qualificadas não faltam no mercado nacional. Mas o fato é que as infografias interativas/animadas brasileiras ainda se encontram em fase embrionária, engatinhando nesta área. É o que eu defino como a primeira fase dos infográficos, isto é, marcado pela linearidade, totalmente sequencial, sem apresentar nenhum tipo de navegação multilinear – característica fundamental nas narrativas infográficas – além da ausência de elementos multimídias básicos (foto, vídio, imagens em movimento).
A Revista Época, por exemplo, se encaixa nestas caracterizações acima descritas. Em “Indiana Jones e as relíquias”, é o típico exemplo de infográfico de primeira fase, estaques, estáticos, sem animação. Assim como todos os outros infográficos que a revista produz. Assim como o G1 e Uol, entre outros, são infográficos marcados pela linearidade da narrativa, se aproximando, eu diria, de um slideshow, ou seja, uma sequência de imagens e só.
É válido ressaltar ainda que iniciativas interessantes têm sido feitas para dinamizar a produção infográfica. O IG, por exemplo, produziu um infográfico Especial F1 2009 que mostra o conteúdo completo da temporada do automobilismo neste ano: estapas, ficha detalhada de cada piloto, regulamento, um tour virtual de todos os Gps, entre outros. Ainda que não tenha tanta multimidialidade como apregoa os infográficos produzidos para a Web, ainda assim, traz inovações para o cenário brasileiro.