O infográfico multimídia como gênero jornalístico

Queridos, leitores deste blog,

Estive, nos últimos meses, atolada em trabalho e com tempo de menos para atualizar este espaço sobre assuntos de infografia, datavis e jornalismo digital. As aulas começaram, e com muitas turmas para organizar cronograma, planos de aulas, relatórios, além das nossas leituras. Mas registro aqui minha participação no Intercom 2011, que ocorrerá na Unicap, em Recife-PE. Para este evento, abordarei as potencialidades e especificidades do infográfico enquanto gênero no jornalismo digital, temática na qual trabalhei na Especialização, na Unijorge (2008).
A Intercom também disponibilizou a programação do evento.
Estou no GP Conteúdos Digitais  e Convergências Tecnológicas, na sessão Mídias Digitais, que acontecerá dia 5/09. Abaixo, o resumo dos trabalhos:

 

Sessão 04 - Mídias digitais

Coordenador(a): Alvaro Fraga Moreira Benevenuto Jr. (UCS)

“Obra em progresso”: o blog como canal de debate e invenção cooperada 
entre o artista e o público 
Carlos André Rodrigues de Carvalho (UFPE)
Resumo: Os blogs, que surgiram como meros diários digitais de pessoas comuns, mesmo 
com públicos limitados, mas ativos, tiveram seus usos cada vez mais diversificado 
ao longo dos anos. Hoje são utilizados pelas organizações, jornalistas, políticos, 
escritores e outras personalidades para os fins mais diversos. O compositor Caetano 
Veloso, por quase dois anos, lançou mão de um blog, o “Obra em progresso”, para 
não só tornar pública suas opiniões sobre os assuntos que estavam na ordem do dia 
(política, música, literatura, sociolingüística etc.), mas como ferramenta para trocar 
ideias com os fãs e, com a ajuda destes, através de comments aos seus posts, criar o 
seu próximo CD. Com esta iniciativa, o compositor conseguiu ampliar ainda mais os 
gêneros do blog.

Progressismo, participação, precarização e linguagem em abordagens 
recentes sobre jornalismo e Internet 
Pedro Benevides(Unisinos)

Um conjunto de dissertações e teses sobre jornalismo on-line recentemente 
defendidas é analisado para buscar questões comuns e articulações entre 
problemas. Busca-se o acúmulo de conhecimento a partir das pesquisas empíricas 
realizadas em diversas áreas, como Letras e Filosofia, além da Comunicação. Quatro 
grupos de questões são destacados: os ideais implicados na Internet; a participação 
na Internet; a relação entre precarização do trabalho, velocidade das notícias e 
valores jornalísticos; os potenciais e limites da linguagem do jornalismo on-line.

A narrativa digital como forma de enriquecer o conteúdo de blogs jornalísticos 
Douglas de Araujo Teixeira (Facinter)

Atualmente, os blogs são ferramentas utilizadas em larga escala por jornalistas. Por 
isso, há a clara necessidade de se pensar formas eficientes de produzir conteúdo 
para esses veículos. Assim sendo, este trabalho propõe a utilização da taxonomia 
para narrativas digitais, criada pela pesquisadora Nora Paul, a fim de classificar e 
avaliar conteúdos de sites noticiosos. Essa taxonomia foi adaptada para que fosse 
possível realizar um estudo de caso de posts veiculados no blog “Lazer Esportes”, 
onde foi possível identificar diferentes formas narrativas em posts intitulados 
Podcast Lazer Esportes, que tinham como objetivo levantar os principais assuntos 
da semana de uma forma diferente daquela comumente encontrada nos conteúdos 
presentes neste blog. O artigo apresenta, ainda, conceituações de termos 
pertinentes ao tema da pesquisa, como webjornalismo, blog e narrativa digital.
  
O uso das mídias sociais pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais 
(SES-MG) 
Silvane Vieira da Cruz (IEC/PUC Minas)

O Núcleo de Comunicação Digital da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais 
(SES-MG) planeja e executa ações em plataformas da Web 2.0. Esse artigo analisa 
a produção de conteúdo específico para redes sociais – Twitter e Orkut – e para 
blog e intranet, de acordo com as potencialidades de cada uma. Nas conclusões, 
observamos que embora a instituição tenha dado um importante passo ao se 
inserir nessas mídias, ainda é preciso a adequação do conteúdo disponibilizado às 
especificidades do meio.

Informação e mídias locativas: reflexões sobre a plataforma Iphone  
Rodrigo Esteves de Lima Lopes (FCL), Magaly Prado (FCL), Daniela Osvald Ramos (FCL)

Este artigo tem por objetivo estudar o Iphone como mídia agregadora e produtora 
de conteúdo escrito e audiovisual. Para tanto, discutimos os diferentes softwares
disponíveis para essa plataforma, avaliando suas características técnicas, além de 
suas possibilidades de interação com o usuário. No caso da imprensa escrita e do 
vídeo, a interação e a criação por parte do usuário do smartphone não é, certamente 
o elemento mais levado em conta: nesses dois casos a extensão daquilo que já 
é divulgado em outras plataformas parece ser o mais relevante. Diferentemente, 
o áudio possui mais aplicativos dedicados a produção de conteúdo, mixagem e 
sampleagem, gerando uma revolução profissional. Nesse caso temos não apenas 
programas de edição e criação no telefone, mas controladores de hardware que 
permitem expandir a própria mídia locativa para desktops.

As potencializações e especificidades do infográfico multimídia como gênero 
jornalístico no ciberespaço 
Adriana Alves Rodrigues (UEPB)

A infografia ocupa cada vez mais espaço nas discussões do jornalismo digital em 
decorrência de suas especificidades e potencializações ao ser transportado para 
o ciberespaço. Com a finalidade de incursionar por este contexto, este artigo 
trata da exploração das infografias multimídia dentro do jornalismo digital e seu 
funcionamento como gênero jornalístico ou cibergênero. Discute os pressupostos 
para que esta condição seja alcançada em decorrência de suas particularidades no 
suporte digital e a elaboração das categorias de análises relativas ao relato visual.

Perspectivas conceituais de midiatização na infografia interativa: os exemplos 
de “O Estado de S. Paulo” e “El Universal” 
William Robson Cordeiro Silva (UFRN)

A convergência entre a sociedade e os dispositivos técnicos constituíram uma 
nova forma de vida, baseada na cultura da mídia, no estabelecimento de novas 
práticas, interrelações, alterações nas constituições societárias, de instituições e nas 
matrizes culturais. A midiatização empreende uma diferenciada dinâmica social, 
técnica e discursiva, que provocou transformações nas organizações jornalísticas 
e em suas ferramentas, submetidas a novas lógicas de interação, comunicação 
e operacionalidades. Com base em exemplos dos jornais latinoamericanos “O 
Estado de S. Paulo” e “El Universal”, este artigo propõe estabelecer uma relação da 
infografia interativa nas perspectivas conceituais de midiatização de Sodré, Miège, 
Braga e Fausto Neto, considerando as novas manifestações sociais mediadas por 
dispositivos técnicos: a produção jornalística e a participação direta do leitor nos 
infográficos.

A utilização da comunicação mediada tecnologicamente pelo cidadão sênior 
Ana Isabel B. Furtado Franco de Abuquerque Veloso (UA)

Segundo as Nações Unidas a população mundial está a envelhecer, prevendo um 
agravamento até 2050. Existem um conjunto de diretivas mundiais para promover 
as iniciativas do desenvolvimento de tecnologias digitais para ajudar os cidadãos 
seniores a manterem uma vida autônoma em casa. O projeto de investigação 
SEDUCE pretende estudar a utilização da comunicação e da informação mediada 
tecnologicamente em ecologias web pelo cidadão sênior. Este projeto está em 
desenvolvimento no Dep. de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, e tem 
como objetivo avaliar o impacto dos efeitos não cognitivos mediante o uso das TIC 
entre cidadãos seniores em contexto de comunidade social on-line e construir uma 
comunidade social on-line com a participação do cidadão sénior

 

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