Malofiej 19: o melhor da infografia mundial

Nicolás Ramallo, do blog Haga Clic para Continuar, fez uma compilação dos prêmios no Malofiej 19. Destaco os principais:

PREMIO PETER SULLIVAN IMPRESO (BEST OF SHOW)
Gulf of Mexico, de National Geographic


PREMIO PETER SULLIVAN ON LINE (BEST OF SHOW)
How Mariano Rivera Dominates Hitters, de NYTimes.com

 

MEDALLAS DE ORO IMPRESOS
World of Rivers, de National Geographic (premio Miguel Urabayen al mejor mapa)

 

Confira lista completa da premiação.

Como o NYTimes produz infográficos

A respeito do recente gráfico A Peek Into Neftlix Queues, sobre os 10 filmes mais alugados em 2009 naquele país, este artigo na página da SND mostra como foi produzido este infográfico. Interessante ver o passo-a-passo desta produção, desde a coleta de dados até o resultado final.  Primeiro, eles coletaram os dados brutos sobre os 50 melhores filmes de cada região do país.

Depois, selecionaram as cidades com maior número populacional e  em que estariam contempladas no infográfico.  A idéia é criar uma interface facilmente navegável para o usuário acessar os dados de forma interativa. Este foi a parte mais desafiadora para a equipe. O mapa foi criado por Amanda Cox, Matthew Bloc, Craven Jo McGinty e Quealy Kevin, autor deste artigo.

Antes do resultado final, o diretor de gráfico, Steve Duenes e Matt Ericsson fizeram um esboço no papel de como o infográfico seria apresentável.

A partir deste esboço, com o programa Ilustrator, ficou assim:

Para a recuperação de dados, no caso deste infográfico os filmes, precisava refinar os dados e as imagens. Para que isso acontecesse de maneira menos trabalhosa,foi utilizado o  hpricot, um plugin HTML parsing Ruby para retirar a ID Netflix e Metascore de qualquer filme. Eles usaram  uma técnica semelhante para buscar os links e conteúdo da base de dados  do The Times para preencher os filmes que estavam faltando.

Para a produção do mapa, o processo foi simples:  cada filme é atribuída uma cor na sua classificação. Eles trabalharam com a base de dados do próprio jornal como forma de organizar as informações que seriam acessadas e recuperadas pelo usuário.

A versão impressa do infográfico é esta:

Fiquei curiosa para saber quanto tempo a equipe levou para produzir este gráfico, já que, como o Quealy Kevin disse, o mapa foi simples de fazê-lo.

É uma excelente visualização. O mais interessante dos infográficos do NYTimes são as diferentes formas de visualizar os dados e contextualizar a informação na estrutura infográfica, uma vez que, diante de um número complexo de dados, torna-se um desafio e um dos principais enigmas para qualquer profissional organizar de forma interativa,  interessante e fácil de ler a informação gráfica.

Explorar e lapidar os dados brutos, ou seja, números dispostos numa base de dados, de fato, requer habilidade e traquejo do profissional. Cada vez mais, as bases de dados servem de insumo para a confecção dos infográficos do NYTimes, o que gera bastante polêmica porque geram novas formas de visualizações interativas bem diferentes do “modelo padrão” de infográfico, baseado apenas em animação.

O que acontece é que há uma tendência de acúmulo de  informação, e por outro lado, a tendência de exploração destas informações em visualizações interativas, simplificando a gestão de de dados complexos e estimulando boas observações e visualizações.

A primazia do NYTimes no Malofiej 17

malofiej-17-nytimes

Os resultados do Malofiej 17 deste ano, evento considerado o ‘Oscar” da infografia mundial, demonstram claramente o potencial do NYTimes frente as demais produções infográficas mundo a fora, arrematando 8 das das 18 medalhas de ouro (5, edição impressa, 3, para o online).  Um destes gráficos,  o The Ebb and Flow of Movies: Box Office, ganhou o Peter Sullivan “Best of Show” (gráfico acima). Ouro também para  o Electoral Explorer, que levou o premio Miguel Urubayen de melhor mapa. Portanto, os melhores e mais importantes prêmios da categoria.

mapa-malofiej-17

Tais  premiações  resultaram numa polêmica muito grande  em torno do melhor gráfico do NYtimes. Uns diziam que é um alarde afirmar o gráfico de magnífico, outros, que era bastante confuso, difícil de ler, navegar e entender.  Sem entrar diretamente na polêmica de certos comentários, um fato é inegável: a primazia do NYTimes no Malofiej. As últimas edições comprovam isso, e este ano, repetiu-se a dose.

O jornal americano vem introduzindo, testando, experimentando novas formas de visualizar a informação, através de conhecimentos estatístiscos, cartográficos, inovações no design, etc. Tudo é muito novo, recente, e novos desafios e experimentos estão em curso constatemente, desafiando os limites de produção.  Até porque a história da infografia na Web – mais especificamente – é muito recente, aonde teve sua visibilidade nos atentados do 11 de setembro de 2001, portanto, há 8 anos somente.

Devo dizer que não há formato canônico, fechado, uma matriz única para a elaboração, produção, estruturação e apresentação, edição do conteúdo noticioso. Mais ainda,  não sabemos ao certo, por onde vai caminhar, se é moda – como alguns disseram – se vai consolidar definitivamente. Desde já, a originalidade de tais gráficos do NYTimes tem feito a diferença  e foi motivo de reconhecimento nas últimas premiações do evento, confirmando – até o momento – a soberania infográfica mundial.

Mais:

quadro de medalhas sobre o Malofiej.

Lista completa

Fotos Flickr, criado pelo professor Michael Stoll

Comentário Alberto Cairo

Comentário Chiqui Esteban

Comentário Xocas

Comentário Gert Nielsen

Blog 233 grados

NYTimes abre API para pesquisa

nytimesapi

Esta semana, o Blog do The New York Times anunciou a abertura da API para busca de informações em todo o site.  Isto torna possível para explorar a primeira ocorrência do termo “dados visualização”, ou identificar artigos que apareceram  na página frontal e mencionado “blog”. O New York Times tem agora várias APIs disponíveis, incluindo (pesquisáveis) artigos, melhores vendedores (livros), comunidade (comentários), congresso ( dados de votação), filme opiniões e dicionários (haverá um infografico através da palavra  “media interativos ” que também será contemplado no sistema de busca.

A base de dados do jornal contém mais de 2/8 milhões artigos desde 1981 até hoje. Cada artigo compreende aproximadamente 35 campos de metadados (dados sobre dados) pesquisáveis, a  partir do título e assinatura para imagem miniatura e região geográfica.

Segundo o Blog, o internauta poderá:

* Localizar as receitas que têm uma imagem associada;
* Localizar a primeira ocorrência de “internet”
* Veja exemplos da expressão “perda de emprego”, por mês, para 2008
* Procurar a expressão “bolsa” em todos os artigos que estão marcados como uma revisão na seção Livros
* Localizar artigos que mencionam “Iraque” no título e têm relacionado multimídia
* Identificar artigos que apareceram na primeira página e referiu a palavra digitada/buscada.

Além disso, a API atualmente suporta os seguintes tipos de consulta:

* Período: todos os artigos de X para Y data data
* Campo pesquisa: pesquisa em qualquer determinado número de domínios, por exemplo, título: obama assinatura, por exemplo;
* Conjunto e disjunção (AND e NOT) operações, por exemplo, yankees baseball – “Red Sox”
* Encomendas por mais próximo (variável ranking algoritmos), mais recente e mais antigo
* Pesquisar facetada – (nota: esta é realmente a diversão “usuário avançado” característica.